Quando a rosa desabrocha suas pétalas de bondade
Tudo quanto vem te ver, e leva com igualdade.
Maribondo e mamangava, abelha mansa e má,
Seu perfume saboroso todos eles vêm buscar.
Todas as rosas são tão lindas tão cheias de mansidão,
Até parece que elas têm alma, sentimento e coração.
O seu olhar cego parece que está tão sorridente,
Até parece que a rosa está falando com a gente.
As rosas de uma roseira, a vida vai assistindo,
As flores são como nós cada uma tem seu destino.
Das rosas de uma roseira cada qual tem a sua sorte,
Umas enfeitam a vida e outras enfeitam a morte.
Depois de sua vida alegre de perfume e de beleza,
Suas pétalas caem no chão, isto eu tenho na certeza.
Depois de ser tão querida a sua vida se encerra,
Pois seu corpo é material e vai terminar na terra.
Tudo quanto é natural e desta Terra nascer.
Seja hoje ou amanhã chega o dia de morrer,
A rosa morre quietinha tão humilde e inocente,
Umas morrem no jardim outras morrem com a gente.
A rosa do meu jardim, as suas pétalas caíram,
O maribondo, a mamangava e as abelhas partiram
Aquela rosa tão linda que no meu jardim se abriu,
Ficou só na minha memória, do jardim se despediu.
Uma poesia escrita em Campinas pelo
Meu pai em 1975
Aparecido Carvalho de Freitas
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